sexta-feira, 9 de maio de 2008

lobo europeu

Ordem: Carnívora

Família: Canidae

Nome popular: Lobo-europeu

Nome inglês: Gray wolf

Nome científico: Canis lupus

Distribuição geográfica: Eurásia, Egito e Líbia, México, Estados Unidos, Canadá, Groelândia.

Habitat: Todos os habitats do hemisfério norte, exceto floresta tropicais e desertos.

Hábitos alimentares: carnívoros, caçam qualquer outro animal menor que ele.Reprodução: gestação de 63 dias.

Período de vida: 13 anos


Ancestral do cachorro doméstico, o lobo-europeu (Canis lupus) é o maior membro da família Canidae. Está distribuído geograficamente na América do Norte, Eurásia e Groenlândia. Possui uma grande e complexa organização social em matilhas de 8 a 12 animais, cuja hierarquia é claramente definida, que gira em torno do casal dominante.

A matilha patrulha grandes territórios que são marcados com urina. Anunciam sua presença por uivos, que podem ser ouvidos a 10 km de distância e que também servem como aviso para matilhas rivais, evitando o confronto. O sentido da audição e o olfato são bem apurados, além de possuírem o tronco forte e desenvolvido para a caça. O pêlo geralmente é cinza e grosso, mas pode variar de coloração do branco, vermelho, marrom e até negro (mais raro).

Seu peso pode chegar até 80 kg para macho e 55 kg para fêmea, suas medidas chegam à 160 cm de cabeça e corpo e cauda até 56 cm. São encontrados em todos os habitats do Hemisfério Norte, exceto em florestas tropicais e desertos áridos. São diurnos, mas podem se tornar noturnos no inverno. O período de gestação é de 63 dias com o nascimento de 06 filhotes, em média, que podem pesar até 450 g.

Os filhotes são criados em ocos de árvores, tocas ou outros abrigos, onde são alimentados por regurgitação. A mãe fica ao lado da cria por um tempo enquanto o macho e o resto da matilha saem para caçar. Com 08 ou 10 meses estão prontos para viajar com a matilha. Adquirem maturidade sexual com 22 meses e podem viver até 13 anos de idade.

Atualmente, o lobo-europeu é considerado espécie vulnerável, tem sido perseguido e exterminado por caçadores e por cães treinados e até envenenados.

Com a expansão humana e destruição de seu habitat, as matilhas são forçadas a invadir áreas agrícolas para caçar e então são cruelmente mortos. Os lobos são protegidos por leis federais em alguns países, mas ainda podem ser caçados por esporte em outros. Diversas iniciativas de reprodução em cativeiro visam a preservação do patrimônio genético da espécie.

Sagui-cabeça-de-algodão

FILO: Chordata
CLASSE: Mammalia
ORDEM: Primates
FAMÍLIA: Callithrichidae


NOME CIENTÍFICO: Saguinus oedipus
CARACTERÍSTICAS: Comprimento: 25 cm
Cauda: 35 cm
Peso: 400 g

O sagüi-cabeça-de-algodão é o único calitriquídeo que habita a parte ocidental dos Andes. É um habilíssimo saltador capaz de cobrir uma distância de mais de 3 metros entre uma árvore e outra. Para se comunicar com membros de seu grupo, ele usa sons característicos que parecem um chilreio de pássaro. Vive por toda a Colômbia, das "terras quentes" da costa atlântica aos vales centrais e ao noroeste, na fronteira com o Panamá.

O sagüi-cabeça-de-algodão tem uma crina branca hirsuta, a cabeça escura, as costas marrom avermelhadas e a barriga e as patas brancas. É o mais carnívoro dos pequenos primatas americanos. Com seus caninos possantes, ele pode matar de um só golpe, com uma mordida no crânio, pequenas aves e ratos.

Vive em grandes grupos, com um único líder e uma só fêmea reprodutora. O acasalamento é precedido de uma troca de carícias; a fêmea lambe a cara do macho, enquanto este pega e cheira a cauda da fêmea. A gestação dura de 5 a 6 meses.

quinta-feira, 27 de março de 2008

Grande kudu

Ordem: Artiodactyla

Família: Bovidae

Nome popular: Grande kudu

Nome em inglês: Greater kudu

Nome científico: Tragelaphus estrepsicerus

Distribuição geográfica: sudeste da Somália e África do Sul.

Hábitat: savana

Hábitos alimentares: herbívoros.

Reprodução: sua gestação é de 09 meses com um filhote.

Período de vida: cerca de 20 anos


É um animal muito bem adaptável e no Zoológico de São Paulo, reproduz muito bem. Com um grande porte, seu peso pode variar de 190-135 kg em machos e 120-215kg em fêmeas. Os pêlos do pescoço são curtos e escassos e possui uma crina no meio das costas. A coloração, em geral, vai do avermelhado ao pálido e suas narinas são cinza azuladas e brancas.

É encontrado geralmente em matas e matagais, e necessita de um abrigo para se esconder. Pode ser ativo tanto de dia como à noite. Sua audição é apurada e seu extremo estado de alerta, torna a aproximação de qualquer um difícil. Sua habilidade de saltar é maravilhosa, e se alimenta basicamente de pasto, verduras e ração (em cativeiro). Esses animais, em ambiente natural, se dispersam na época das chuvas, quando seu alimento é abundante em grandes áreas.

Já no período de seca a concentração de indivíduos é em locais favoráveis, com ofertas de alimento. Os territórios das fêmeas sobrepõem-se, e durante o período reprodutivo (maio-agosto) as áreas de vários machos adultos solitários coincidem com as áreas de duas ou três fêmeas. Após o cio das fêmeas os machos se associam em grupos estáveis de “solteiros” de 02 a 10 indivíduos.

Os grupos de fêmeas, geralmente são mais estáveis e tem de 05 a 06 membros, incluindo diversos adultos e seus filhotes. Agrupamentos maiores, às vezes, se formam por breves períodos. Durante o cio, os machos competem uns com os outros pelas fêmeas férteis, geralmente através de demonstrações de força e ocasionalmente por sérios combates.

As espirais nos chifres servem como um meio de se ligar ao oponente (num combate, evita que os chifres deslizem) tentando fazer com que o adversário perca seu equilíbrio com chacoalhes e torções. Estimativas sobre o período de gestação variam entre aproximadamente 09 meses. O recém-nascido pesa cerca de 16kg e tendem a nascer durante o inicio da época das chuvas (janeiro-março).

As fêmeas atingem a maturidade sexual aos 14 anos e existe relato de que um grande kudu viveu quase 23 anos em cativeiro. Os chifres do grande Kudu são troféus para caçadores, as mortes se devem a sua excelente carne e por que os animais destroem plantações. Esses fatores, associados à destruição de seu habitat, têm reduzido muito o numero de grandes kudus. Atualmente é um animal classificado como dependente de conservação pela IUCN.

Gato-do-mato

Ordem: Carnívora

Família: Felidae

Nome popular: Gato-do-mato

Nome em inglês: Oncilla

Nome científico: Leopardus tigrinus

Distribuição geográfica: América Central e América do Sul

Habitat: Floresta

Hábitos alimentares: Carnívoro

Reprodução: Gestação de 73 a 77 dias

Período de vida: Aproximadamente 13 anos


Também conhecido regionalmente por maracaja-í, gato-macambira, pintadinho e gato-do-mato pequeno. Os habitantes de áreas de mata muitas vezes os confundem com o gato maracajá. Este é o menor gato selvagem da América do Sul, com tamanho semelhante ao de um gato doméstico. Patas e cabeça pequenas e cauda longa. Os pêlos são voltados para trás inclusive nuca e cabeça. O peso varia entre 1,5 e 3 kg com o comprimento total entre 60 e 85 cm. A pelagem tem coloração amarelo-dourada com rosetas escuras abertas dispostas principalmente nas laterais do corpo. No dorso as rosetas se fundem formando listras que vão dos olhos à base da cauda. Existem indivíduos melânicos (pretos) que não são incomuns.

Ocorre do sul da Costa Rica ao norte da Argentina, ocupando geralmente ambientes variados, desde áreas mais abertas àquelas com vegetação densa. Assim como ocorre com os demais gatos pequenos, é um animal muito pouco estudado. Os dados existentes demonstram ser um animal solitário, de hábitos diurnos e noturnos que se alimenta de pequenos roedores, lagartos e pequenas aves.

A gestação dura de 73 a 78 dias, nascendo de 1 a 3 filhotes que abrem os olhos após o 17º dia e passam a comer sólidos após 55 dias de nascidos. A caça para o comércio de peles e a destruição das florestas é a principal causa de ameaça. É classificada pela IUCN (União Internacional para Conservação da Natureza) como espécie vulnerável, inclusa no apêndice I do CITES e pelo IBAMA como ameaçada de extinção.

Elefante africano

Ordem: Proboscidea

Família: Elephantidae

Nome popular: Elefante africano

Nome em inglês: African elephant

Nome científico: Loxodonta africana

Distribuição geográfica: África

Habitat: Florestas, campos, savanas e desertos

Hábitos alimentares: Herbívora

Reprodução: Gestação de 22 meses

Período de vida: Aproximadamente 50 anos.


Os elefantes são os maiores mamíferos terrestres sobreviventes de uma extensa radiação no período Eoceno, incluindo os extintos mamutes e mastodontes. Atualmente existem duas espécies, o elefante africano (Loxodonta africana) e o elefante asiático (Elephas maximus).São membros de um grupo ou ordem chamados “Proboscidea", caracterizado pelo órgão proboscis ou tromba.

De estrutura muito maciça apresenta corpo pesado apoiado sobre pernas grossas em forma de pilares em pés amplos, a tromba é um órgão flexível e longo que apresenta narinas na ponta e que tem a função de transportar alimento, água, cheirar, levantar e analisar objetos. O elefante africano é o maior deles medindo entre 7 a 8 m de cabeça e corpo e 4 m de altura chegando a pesar 7 toneladas.

A longa e flexível tromba apresenta dois “dedos” na ponta e pode pesar até 200 kg, as orelhas são enormes e podem alcançar metade da altura do indivíduo. A coloração é cinza claro e pode variar para marrom avermelhado dependendo da cor do solo. De acordo com a subespécie pode ocorrer uma variação de habitats como florestas, campos, savanas e desertos. Três quartos da vida do elefante são devotados a procura por recursos de comida e água, a dieta é estritamente herbívora.

A maior parte dos elefantes consomem entre 70-150 kg de comida e 80-100 litros de água por dia. As acácias estão entre folhagens e frutas as mais consumidas e favoritas dos elefantes. Apresentam um período de gestação de 22 meses com nascimento de um filhote que pode pesar até 115 kg e a medir 100 cm de altura. Toda a manada é cuidadosa com os filhotes, onde várias “babás” podem cuidar dos filhotes do grupo.

A longevidade é de 70 anos. O elefante asiático mede de cabeça e corpo entre 6 a 8 m e até 3 m de altura e a pesar 5.500 kg. A grande diferença entre o asiático e o africano está no tamanho das orelhas que são menores e não excedem a altura do pescoço, a longa tromba com mais de um “dedo” na ponta e pode pesar de 125-200 kg. Normalmente o asiático tem mais pêlos no corpo do que o africano, a coloração é cinza escuro, dependendo da cor do solo.

Na espécie asiática somente os machos possuem presas, nas fêmeas são vestigiais ou ausentes. Habitam florestas, savanas e regiões montanhosas dependendo da subespécie.Algumas pesquisas mostram que os elefantes podem se comunicar através de (infra-som) passando informações para os outro membros do grupo, são gregários e formam por vezes grupos de mais de 100 indivíduos sendo liderados por uma fêmea mais velha, a “matriarca”.

A característica dos elefantes são as enormes presas na mandíbula superior, que na realidade são grandes dentes incisivos, que nos elefantes africanos há registros de um recorde de uma presa que pesava 102 kg e media 3 m de comprimento. Algumas culturas, como no Sri lanka, os elefantes são considerados sagrados e em festividades religiosas são adornados e desfilam como símbolos de grandiosidade.

Em contrapartida são usados como animais de tração e carga em alguns lugares, sendo por vezes desrespeitados e explorados em trabalhos forçados. A caça predatória para o comércio ilegal de marfim, quase condena a espécie a extinção, esforços estão sendo concentrados em criar e aplicar novas leis para a proteção da espécie. Parques, zoológicos e reservas vem contribuindo para a criação de uma nova consciência ecológica, contribuindo para a preservação e o futuro de uma criatura tão majestosa.

Dromedário

Ordem: Artiodactyla

Família: Camelidae

Nome popular: Dromedário

Nome em inglês: Dromedary

Nome científico: Camelus dromedarius

Distribuição geográfica: Norte da África e Oriente Médio

Habitat: Deserto e planícies áridas.

Hábitos alimentares: Herbívoros

Reprodução: Gestação de 12 meses

Período de vida: 50 anos


O dromedário (Camelus dromedarius) habita desertos e planícies áridas do Norte da África e Oriente Médio. É parente do camelo, porém difere deste por possuir apenas uma corcova. Embora muitas pessoas acreditem a corcova não é composta de água, mas sim de gordura, servindo como reserva energética ao animal.

O estoque de gordura da corcova e a capacidade de beber até 57 litros de água de uma só vez, permitem ao dromedário resistir a caminhadas de muitos quilômetros, tornando-o um eficiente meio de transporte. Ele possui uma musculatura nas narinas que possibilita seu fechamento, protegendo-as das ventanias de areia no deserto.

Possui pescoço longo e fino, boca estreita com uma fissura no lábio superior e cauda curta. Pode atingir 2,30 metros de altura e pesar entre 300 e 690 quilos. A pelagem tem coloração que varia do marrom ao acinzentado, e utiliza o cuspe como forma de defesa além do coice e da mordida. São animais de hábitos diurnos e dieta herbívora, sendo encontrados vivendo sozinhos ou em grupos que podem conter mais de 30 dromedários.

A partir da metade do século XIX vários animais foram introduzidos em alguns países, como Estados Unidos e Espanha. A gestação dura em média 12 meses, nascendo apenas um filhote com peso aproximado de 37 quilos. Atinge a maturidade sexual após os 3 anos e chega a viver cerca de 50

Anta

Ordem: Perissodactyla
Família: Tapiridae
Nome popular: Anta, tapir
Nome em inglês: Tapir
Nome científico: Tapirus terrestris
Distribuição geográfica: América do Sul, do leste da Colômbia até o norte da Argentina e Paraguai
Habitat: Florestas
Hábitos alimentares: Herbívoro
Reprodução: um filhote, com gestação de aproximadamente 13 meses
Período de vida: 35 anos (em cativeiro)


A anta (Tapirus terrestris) é o maior mamífero terrestre do Brasil, alcançando até 1,20 m de altura. Vive em florestas e campos da América do Sul, do leste da Colômbia até o norte da Argentina e Paraguai. É um ungulado (mamífero com cascos com estrutura feita de queratina) que tem número ímpar de dedos.
A característica mais distinta da anta é sua narina, longa e flexível, que parece uma pequena tromba. Possui corpo robusto, cauda e olhos pequenos, crina sobre o pescoço e coloração marrom-acinzentada.

Alimenta-se de matéria vegetal (folhas, frutos, vegetação aquática, brotos, gravetos, grama, caules) que é digerida graças à presença de microorganismos que vivem em seu aparelho digestivo. Dispersa sementes com as fezes, ajudando na dispersão de sementes.

A anta, também conhecida como tapir, é um animal solitário, que sai à procura de um parceiro apenas na época reprodutiva, emitindo alguns sons para localizá-lo.
Se assustada, corre para regiões de mata mais fechada ou salta na água. E é ágil tanto em áreas abertas como fechadas, e ótima nadadora.

Possui hábitos noturnos, porém também pode realizar atividades durante o dia. Quando vive em florestas, costuma usar trilhas já abertas, o que a torna mais vulnerável à caça. Chega a pesar cerca de 300 kg e viver 35 anos.

A gestação dura aproximadamente 13 meses, nascendo apenas um filhote. Este possui pelagem marrom com manchas e listras horizontais brancas ou amareladas, que se perdem depois dos 5 meses. O filhote permanece com a mãe por 10 a 11 meses de vida e atinge a maturidade sexual após os 3 anos.

Apesar de não ser considerado animal ameaçado de extinção pelo IBAMA, a anta, como muitos outros animais, perde áreas de habitat com a devastação de florestas e matas. A caça para alimentação e esporte, que ocorre em algumas regiões, também a ameaça.